Em meio a essa barafunda em que vivemos, pessoas das culturas, classes sociais, ideologias, raças, orientação sexual, religiosidades, línguas, regimes políticos, tudo o mais variado e sem muita conexão, ao contrário, tudo muito bem desconexo, vivemos perplexos e atemorizados com nossa própria segurança, inclusive inseguros com nossa saúde e vida. (…)
Em meio a tudo isso, a liturgia nos propõe celebrarmos Pentecostes, a vinda do Advogado, do Defensor, o Espírito Santo, Consolador. (…)
O Evangelho, João 20, 19-23, deixa claríssima a vontade de Jesus para nós, que tenhamos paz – nessa perícope, ele a dá pelo menos duas vezes – além de nos dar o Espírito Santo e a missão de perdoar os pecados. O novo homem é criado para restaurar o mundo conforme a vontade de Deus. Somos ou deveríamos ser os alegres mensageiros da paz, do perdão, da reconciliação. Jesus, antes de dar a missão de perdoar os pecados, de reconciliar, sopra sobre os discípulos (22), o que nos recorda Genesis 2, 7, a criação do ser humano. E essa nova sociedade, a Igreja, é constituída para a missão de perdoar, de reconciliar, de trazer a paz. Somos batizados para a nossa salvação. Por isso recebemos a vela acesa na cerimônia do batismo, para sermos luz, para sermos pessoas que levantam o ânimo de todos, pessoas para cima, com grande auto estima, porque portamos o Espírito Santo, Aquele que faz nova todas as coisas!
Fonte: Padre Cesar Augusto, SJ – Vatican News, em https://www.vaticannews.va/pt/igreja/news/2021-05/reflexao-para-o-domingo-de-pentecostes.html