“Quanto a mim e à minha família, nós serviremos ao Senhor. E o povo respondeu, dizendo: ‘Longe de nós abandonarmos o Senhor, para servirmos a deuses estranhos’” (Js 24,15-16).
Hoje (14/9/2021), especialmente na semana da família, queremos lembrar São Maximiliano Maria Kolbe, que deu sua vida para salvar a vida de um pai de família. A Igreja é aquela que dá a vida para salvar uma família. A família é tão sagrada, a família é tão importante, a família é tão sublime, que nós temos que dar o melhor de nós para salvá-la. Aqui, é importante lembrar que cada pai e cada mãe de família, que cada membro de uma família precisa também morrer para salvar a sua família. Sim! Pai que me escuta, por favor, não seja egoísta, não fique pensando: “Eu tenho que pensar agora em mim”. Não, minha filha! Você que está vivendo a realidade do matrimônio, você não pode parar agora para pensar só em você. Eu sei que essa é a mentalidade da sociedade, e por isso até essa disparidade de tantas separações. Não se pode pensar na família de forma egoísta, a família se pensa na forma de comunhão familiar. E para isso é preciso que, na família, tomem-se decisões, pois ou tomam-se decisões ou as famílias continuarão sendo abaladas pela perversidade e pelas maldades dos tempos em que vivemos. As famílias continuam sendo abaladas se elas não tomarem decisões.
É por isso que, diante do impacto da conquista daquela terra prometida, chegando lá diante de tantos deuses, diante de tantas facilidades, diante de tantas atrações que se encontraram naquela nova terra, Josué reúne sua casa, sua família, e diz para Israel, para toda aquela assembleia reunida: “Eu não sei vocês, mas eu e minha família estamos decididos: nós serviremos ao Senhor. A minha família e eu serviremos ao Senhor, vocês é que decidem”.
Hoje, essa questão é também colocada diante dos nossos olhos: Quem a sua casa quer servir? Quem a sua família quer servir? Continuaremos servindo às ilusões do mundo? Continuaremos servindo às propagandas deste mundo? Continuaremos servindo às ideologias deste mundo? Continuaremos servindo às ilusões todas que o mundo impõe as nossas casas e famílias, ou serviremos ao Senhor? Josué decidiu: “É a Palavra do Senhor que nós queremos servir”.
Como uma família vai servir ao Senhor se uma família nem se reúne para ouvir a Palavra do Senhor? Como uma família vai servir ao Senhor se não tem tempo nem para rezar junta como família? Como uma família vai servir ao Senhor se nem a missa dominical é prioridade para ela? Como uma família vai servir ao Senhor se nem na hora de uma refeição ela consegue fazer uma oração? Aqui não é uma decisão intelectual, é muito mais do que isso. É uma decisão de vida, não é uma decisão da boca para fora. Da boca para fora nós somos do Senhor, mas a família não leva uma vida no Senhor, a família passa um bom tempo diante da televisão, de computadores, smartphones e de tantas tecnologias, mas ela não para pra estar diante do Senhor. A família não consegue se reunir nem para ser família. Como a sua família vai decidir se vai realmente servir ao Senhor se Ele não é prioridade para sua casa? Essa é uma questão de vida! Josué disse: “Eu e minha família serviremos ao Senhor”. Eu pergunto: Você, a sua casa, a sua família, a quem vocês servirão?
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo